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terça-feira, 27 de outubro de 2015

Estudo mostra que maioria da população acha justa a paralisação




A greve dos servidores do DF divide opiniões. Segundo pesquisa do Instituto Exata de Opinião Pública (Exata OP), praticamente metade da população, ou seja, 48% dos entrevistados, acredita que a paralisação é justa. Por outro lado, uma parcela significativa dos brasilienses, 37%, considera a greve abusiva, e 13% acham as paralisações inúteis. O estudo foi realizado no fim deste mês com 600 pessoas. 
Além disso, a pesquisa mostra que, em todas as classes, faixas etárias e gêneros, a maioria acredita que deveria haver regulamentação para a greve no serviço público. Na avaliação geral, 82% desejam que as paralisações ganhem normas. 
Outro revelação da análise é que 74% acreditam que o governo deveria ceder e buscar alternativas para compensar as perdas dos servidores. Em relação aos setores paralisados que mais afetam a população, a área da saúde aparece em primeiro lugar (41%), seguida de transporte (26%) e bancos (22%).

Nas ruas, opiniões divergentes comprovam o resultado da pesquisa. O casal Danielle Oliveira, 31 anos, servidora pública, e Franco de Oliveira, 44, militar, consegue enxerga os dois lados da paralisação. "Acredito que seja justa, pois todo cidadão tem o direito de reivindicar. Mas não há como negar que é abusiva devido à falta de percentual mínimo de funcionários para garantir o serviço", opina Denielle.
Para o técnico de computadores, Alexandre Pereira, 57 anos, se o governo quisesse evitar a greve, ele teria que ter administrado melhor os recursos. "O GDF acordou tarde para a realidade. A falta de dinheiro não é culpa do servidor", afirma, ressaltando o aumento dos impostos. "As pessoas não aguentam mais. No momento, a greve é a única forma de fazer com que o cenário mude. O governo não tem dinheiro para pagar o reajuste, mas aumenta os impostos de tudo", finaliza. 
Ação “abusiva” e “exagerada”
Por outro lado, há quem garanta que a greve é totalmente abusiva. É o caso da operadora de caixa de uma farmácia Ana Paula Farias, 30 anos. Para ela, a paralisação é exagerada, e um acordo seria a melhor saída para todos os envolvidos. 
Ana Paula lamenta as consequências da interrupção dos serviços. "Muitas pessoas são prejudicadas com isso, em especial as que mais precisam, ou seja, as mais carentes. A greve só piora a situação", aponta a trabalhadora. 
 O servidor público federal Márcio Cavalcante, 46 anos, não nega os prejuízos que a greve traz para a população, ainda que ele considere a paralisação justa.
"O governo não está querendo repor nem a inflação, o que significa perda real de salário e justifica o ato dos servidores, mas também entendo o lado das pessoas que não têm nada a ver com isso e estão sendo afetadas de alguma maneira. Por isso, defendo a regulamentação, para que, pelo menos, o funcionamento das atividades essenciais seja preservado, como o setor da saúde, por exemplo, que já afetou muita gente durante esse período", opina Márcio.


Fonte : Jornal de Brasília (http://www.jornaldebrasilia.com.br/noticias/cidades/649934/estudo-mostra-que-48-da-populacao-acha-greve-justa/)
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